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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

POEMA - GRAÚNAS

AUTOR: ADEMILDO ALVES

QUANDO OBSERVO A NOSSA FAUNA
E SINTO FALTA DAS GRAÚNAS
ME CONSOME UM PESAR
POR NÃO FALAR MAIS ESTE NOME

O SEU VOO E SUA CANTIGA
SÓ NA MEMÓRIA ENCONTRAMOS
POIS A SECA E A EVOLUÇÃO
ACABARAM COM OS BANDOS

AH, SE EU PUDESSE ENCONTRÁ-LAS!
À BEIRA DE UM AÇUDE
EU DIRIA PARA ELAS:
OH, SAUDADE DAS VIRTUDES!

NO MEU TEMPO NÃO HÁ MAIS TEMPO
QUE DESRESPEITO! QUE ABSURDO!
O HOMEM NÃO SABE MAIS AMAR
MESMO TENDO TANTO ESTUDO

EU PREFIRO O ANALFABETO
QUE NÃO CHEGOU À UNIVERSIDADE
MAS QUE AINDA COMPREENDE
QUE O AMOR NÃO SE DAR COM A FALSIDADE

AS GRAÚNAS QUE AQUI FALO
AUSENTES NO MEU SERTÃO
EU COMPARO ÀS PESSOAS
QUE NOS ENCHEM DE EMOÇÃO

POIS QUANDO DE NÓS SE AFASTAM
SEM NEM MESMO APERTAR AS MÃOS
DEIXAM NOSSA ALMA FERIDA
E UMA DOR NO CORAÇÃO